“Whiplash” é um filme musical. Intenso. Tão intenso como as personagens que representam os papéis prinicipais. Não os imagino entregues a outros atores.
A história contada é a de Andrew (Miles Teller, "Divergent" e "21 and over"), um promissor baterista que luta para chegar a um lugar de topo na música jazz. Mas esta luta envolve um misto de concorrência e muito trabalho árduo, com gritos, suores e sangue à mistura.
O professor do Conservatório, Fletcher, (J.K.Simmons, "Spider-Man") é o balde de água fria a cada passo que o jovem Andrew dá, duvidando das capacidades e colocando em causa cada nota entoada na bateria.
Esta personagem arrogante (e que em muito se associa à palavra "mentor") é motivo de uma nomeação para os Óscares, como ator secundário. A distinção é merecida, tal a interpretação e intensidade que se sente a cada palavra proferida e os sentimentos que desperta nos espetadores.
O filme é uma autêntica surpresa, a cada pedaço de tela. E não há lugar para desafinações. Aquilo que parece uma premissa básica, sem grandes rodeios, dá lugar a uma envolvência que só termina com os últimos minutos de filme. (Sim, o final do filme vale cada cêntimo do bilhete)
As nomeações para os Óscares são mais que merecidas. Não só pelo tema abordado que, ao fim e ao cabo, é um bocadinho de cada um dos nossos trabalhos e do nosso dia-a-dia, mas pela forma como o mesmo é colocado na fita.
CLASSIFICAÇÃO:
Whiplash
★★★★★
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